sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MERCADOS ALTERNATIVOS EM SANTA MARIA -COOESPERANÇA


 
EM SANTA MARIA UMA OUTRA ECONOMIA ACONTECE PORQUE AS COISAS SÃO FEITAS POR GENTE

Todos os sábados de manhã Santa Maria é invadida por uma “nova onda”. E isso acontece há pelo menos vinte anos! Essa é a idade do FEIRÃO COLONIAL – que faz parte das atividades do Projeto Esperança/ Cooesperança ( vinculado ao Banco da Esperança da Arquidiocese de Santa Maria).
Lá são comercializados produtos agroalimentares, entre produtores organizados e consumidores, com base na confiança mútua, na solidariedade, comprometimento e interatividade.
Iniciativas de ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA, que promovem o CONSUMO ÉTICO e SOLIDÁRIO, apesar de inovadoras, não são exatamente uma novidade. Nos Estados Unidos, na cidade de Nova York, funciona no Brooklyn dese 1973,a PARK SLOPE FOOD COOP, que oferece descontos aos seus membros cooperados que dão em contrapartida cerca de três horas de trabalho mensais ao estabelecimento.
Nos mesmos moldes em Londres, foi iniciado em 2010 o THE PEOPLE'S SUPERMARKET. Seus associados pagam uma taxa anual ( 25 libras) e também empenham parte de seu tempo para terem acesso a 20% de desconto nas mercadorias. Além de trabalho compartilhado, a cooperativa promove açoes contra o desperdicio, prioriza a valorização de produtos locais, e motiva a diminuição de impactos ambientais tanto no âmbito da produção quanto do consumo.
Aqui em nossa cidade, onde há esperança, podemos ter acesso a uma variedade de produtos, “feitos por gente e para gente”, especialmente quando se junta ao Feirão a também já tradicional FEIRA DA PRIMAVERA . Entre as diversas bancas é possível encontrar  a   quitanda simétrica do Márcio do Grupo Terra Viva, as  delicadíssimas mini pizzas fabricadas pela Sabrina, colares estilosos criados pela Cleusa e ainda o Francisco que não bastasse ser habilidoso com madeira, leva jeito com livros e revistas que já passaram por algumas mãos.
Muito mais pessoas e produtos engajados marcaram presença no CENTRO DE REFERÊNCIA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA DOM IVO LORCHAITER, na rua Heitor de Campos, s/ nº ( ao lado do Colégio Irmão José Otão), no dia de nossa visita.







COLUNA DESENHO DA PALAVRA :  Economia e Consumo Solidários – PORQUE MAIS DO QUE A MARCA O QUE IMPORTA É O CHARME DOS PRODUTOS

     Economia Solidária faz parte de um amplo setor de atividades que se apoiam na cooperação mútua e se desenvolvem em campos muito diferentes. Tem se consagrado como um modo de produção e distribuição alternativo ao capitalismo e baseado na propriedade coletiva ou associada do capital e no direito a liberdade individual.
     Economia solidária vai muito além da geração de renda e traz propostas de mudanças nas relações interpessoais. Nasce como um movimento social de excluídos e se consolida como uma forma de enfrentamento as condições impostas pelo mercados.
     É uma proposta transformadora também por colocar o consumidor como protagonista, motivando seu envolvimento nas diversas etapas do processo questionando sobre a origem e formas produção das mercadorias. O consumidor passa ser um articulador da mudança, uma vez que o consumo solidário não é apenas econômico mas sobretudo ético e político.
      Consumir é uma forma de construir cultura, pois quando consumimos estamos fazendo escolhas que refletem nossos desejos, conhecimentos, crenças e valores. Da mesma forma, estamos praticando nossa liberdade de concordar ou discordar dos modelos propostos.
      E autonomia é algo que se aprende quando se exercita.
      Mais do que marcas, estamos consumindo idéias, entre as quais a da possibilidade de um mundo mais justo e disposto à diferença.
A Colaboradora 


 


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