quarta-feira, 3 de outubro de 2012

FETICHES DO CONSUMO E NOSSA NATUREZA DE MARIONETES

O Post de hoje vai fugir um pouco da temática, tentei manter o foco exclusivamente na temática do blog, mas como ele é meu mesmo e certas provocações mexem demais com o meu senso de“poieses”, lá vai...

Com os shoppings centers nos chega também a publicidade globalizada, que nos aborda já nas paredes, não deixa opção, não tem como fugir do conflito. Publicidade globalizada mira o bolso, mas essa golpeou no estomago e foi difícil digerir... Eu tinha mesmo que falar...




"ONDE QUER QUE VOCÊ CHEGUE, CHEGUE LINDA..."uhahahahahahahaha...Tais técnicas, a do apelo pela imagem, pela música e pela embalagem, fazem parte da estética da mercadoria; um tema muito bem desenvolvido por um alemão chamado Wolfgang Fritz Haug , em “Crítica da Estética da Mercadoria” (1971). Para Haug, a estética mercadológica consiste em oferecer as mercadorias enquanto meios para que o próprio sujeito se torne “vendável”.
O significado por trás do valor de uso da mercadoria, isto é, a embalagem, é construída à imagem e semelhança da sensualidade humana; um elemento e atrativo sedutor, que promete o bem-estar e sucesso geral do indivíduo.
Outro conceito fundamental está em Marx, quando nos atentamos para a mercadoria, principalmente em tempos de verdadeiros bombardeios de publicidade e propaganda, é o fetichismo da mercadoria. A palavra fetiche vem de “feitiço”, algo que exerce um poder sobrenatural sobre alguém. Na Psicanálise freudiana, fetiche pode ser entendido como o substituto de um objeto do desejo.  
       Não importa se é caro ou baratinho, se você pode ou não pagar, de anúncio em anúncio, subvertem-se os valores, isto é, o valor de uso passa a ser mero opcional, e o valor abstrato, aquilo que a mercadoria promete, mas NÃO pode cumprir, torna-se fundamental para criar comportamentos PADRÕES em grupos potenciais de consumo. Assim se realiza o fetichismo da mercadoria, ou seja, o poder “sobrenatural” criado pelo produtor para que seu produto exerça domínio sobre o sujeito.

Perguntinha Básica: há possibilidades de não ser “enfeitiçado” pelo produto? – Está cada vez mais complicado de responder, e a resposta pode não trazer nenhum avanço.
Da minha parte estou apenas convencida, de que se aprende e se ensina que o que vale é o conteúdo e não o continente, a tal beleza inteior... mas querer, querer mesmo, é o elogio que todos querem e compram.

Ahhh e antes que eu esqueça: só chega lindo mesmo, quem chega antenado, quem chega junto...
A autora (...ufaaa...pronto falei!)

Um comentário:

  1. No fundo (e nem precisa ir tão fundo assim) sofremos todas da "ofelimidade capitalista" não interessa se por um casaco de linho ou por um modelo novo de Ipad. Até que a gente percebe que precisa de bem pouco pra viver: nessa hora, por puro exercício libertário, a gente vai às compras! ;)

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