O Post de hoje vai fugir um pouco da temática, tentei manter o foco exclusivamente na temática do blog, mas como ele é meu mesmo e certas provocações mexem demais com o meu senso de“poieses”, lá vai...
Com os shoppings centers nos chega também a publicidade globalizada, que nos aborda já nas paredes, não deixa opção, não tem como fugir do conflito. Publicidade globalizada mira o bolso, mas essa golpeou no estomago e foi difícil digerir... Eu tinha mesmo que falar...
"ONDE QUER QUE VOCÊ CHEGUE, CHEGUE LINDA..."uhahahahahahahaha...Tais técnicas, a do apelo pela imagem, pela música e pela embalagem, fazem parte da estética da mercadoria; um tema muito bem desenvolvido por um alemão chamado Wolfgang Fritz Haug , em “Crítica da Estética da Mercadoria” (1971). Para Haug, a estética mercadológica consiste em oferecer as mercadorias enquanto meios para que o próprio sujeito se torne “vendável”.
O significado por trás do valor de uso da mercadoria, isto é, a embalagem, é construída à imagem e semelhança da sensualidade humana; um elemento e atrativo sedutor, que promete o bem-estar e sucesso geral do indivíduo.
Outro conceito fundamental está em Marx, quando nos atentamos para a mercadoria, principalmente em tempos de verdadeiros bombardeios de publicidade e propaganda, é o fetichismo da mercadoria. A palavra fetiche vem de “feitiço”, algo que exerce um poder sobrenatural sobre alguém. Na Psicanálise freudiana, fetiche pode ser entendido como o substituto de um objeto do desejo.
Não importa se é caro ou baratinho, se você pode ou não pagar, de anúncio em anúncio, subvertem-se os valores, isto é, o valor de uso passa a ser mero opcional, e o valor abstrato, aquilo que a mercadoria promete, mas NÃO pode cumprir, torna-se fundamental para criar comportamentos PADRÕES em grupos potenciais de consumo. Assim se realiza o fetichismo da mercadoria, ou seja, o poder “sobrenatural” criado pelo produtor para que seu produto exerça domínio sobre o sujeito.
Perguntinha Básica: há possibilidades de não ser “enfeitiçado” pelo produto? – Está cada vez mais complicado de responder, e a resposta pode não trazer nenhum avanço.
Da minha parte estou apenas convencida, de que se aprende e se ensina que o que vale é o conteúdo e não o continente, a tal beleza inteior... mas querer, querer mesmo, é o elogio que todos querem e compram.
A autora (...ufaaa...pronto falei!)
No fundo (e nem precisa ir tão fundo assim) sofremos todas da "ofelimidade capitalista" não interessa se por um casaco de linho ou por um modelo novo de Ipad. Até que a gente percebe que precisa de bem pouco pra viver: nessa hora, por puro exercício libertário, a gente vai às compras! ;)
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